Esse é o último post da série sobre a escolha da sua primeira bike. Se você vem acompanhando o blog, já sabe a diferença entre uma bike barata e uma cara e conhece os diferentes tipos de bike. Agora é a hora de você aprender um pouco sobre os componentes de uma bicicleta.
Se você ainda está decidindo se vai montar a sua própria bike ou não, aqui vai uma lista de motivos para você se decidir pelo sim:

• Você vai se divertir e aprender no processo, além de colocar amor, carinho e dedicação em um produto cujo resultado vai te dar muito orgulho;
• Você pode customizar a sua bike da maneira que você quiser, focando em performance, eficiência ou simplesmente em criar algo totalmente louco;
• E principalmente, se você garimpar direito na internet, vai economizar muito!

Importante: neste post, você não vai aprender a montar uma bike do zero em casa. Você vai aprender quais são as peças de uma bike.

QUADRO

Esta é, sem dúvida, a parte mais importante da bike. É a partir dela que todo o resto da estrutura será montada. Um quadro pequeno ou grande demais acarretará em problemas e desconforto na sua postura de pilotagem. Veja algumas indicações da relação entre a sua altura, em metros, e o tamanho do quadro, em polegadas:

• Aproximadamente 1,60m: quadro de 17”;
• Aproximadamente 1,70m: quadro de 19”;
• Maior que 1,80m: quadros maiores de 20”;

Outro ponto importante é o ângulo entre essa estrutura e a roda dianteira: quanto menor, melhor para curvas estreitas — e mais difícil o controle também. Quanto maior, menos resposta nas curvas, e mais confortável para longas distâncias.

O quadro pode ser feito de vários materiais. Alguns deles são aço — que é pesado, alumínio ou fibra de carbono. Quanto mais leve e resistente, mais cara a peça fica.

MESA

Essencial, essa parte conecta duas das peças mais importantes da bike: o garfo e o guidão. A mesa é extremamente importante porque seu ajuste também influencia sua postura de pilotagem.

GUIDÃO

O guidão é a peça que o ciclista usa para controlar a direção da bike. Para uma boa distribuição do peso do usuário entre ele e o selim, depende do correto ajuste da mesa. Nele, são fixadas algumas outras peças:

• Manoplas: partes macias que envolvem o guidão e acomodam as mãos do ciclista;
• Manetes de freio: as duas alavancas responsáveis pelo acionamento da frenagem da bike;
• Alavanca de câmbio: peça que aciona a alternagem entre as marchas da bicicleta;

CAIXA DE DIREÇÃO

Também conhecida como Headset ou A-Headset, é responsável pela correta fixação entre o quadro e o garfo, sem prejudicar o giro necessário para o controle da direção. São os dois anéis que envolvem a espiga do garfo. Esta, por sua vez, fixa-se à mesa de direção por meio da aranha, uma pequena peça que fica no interior do topo do cano e exerce pressão nas suas paredes.

GARFO/SUSPENSÃO

Carinhosamente apelidada de suspa, no blog já falou-se um bocado sobre ela. As suspensões podem ser de elastômero, mola ou ar. Sua função principal é manter a roda no chão em terrenos acidentados, assim poupando esforço ao ciclista e mantendo a integridade da bike.

A única situação em que vale a pena usar um garfo rígido, ao invés de uma suspensão, é se você tem certeza que vai usar a bike somente em asfalto liso, e não para atravessar obstáculos — de qualquer tipo que seja, inclusive um meio-fio. Também existem suspensões traseiras, que são indicadas principalmente para Downhill.

RODAS

As rodas da bike são compostas por algumas peças, e seu conjunto é muito importante para o resultado final do seu pedal, influenciando na modalidade em que você pode se aventurar. As rodas podem ser largas e robustas — nesse caso ideais para superar obstáculos, ou mais finas e delicadas, para terrenos lisos e maiores velocidades. Fazem parte da roda:

• Cubos: a peça que se localiza no eixo das rodas e é ligada ao garfo, na qual são fixadas os raios;
• Raios: hastes rígidas que ligam o cubo ao aro;
• Aro: parte perimetral das rodas, entre os raios e os pneus;
• Câmara de ar: parte de borracha que fica entre o aro e os pneus, a menos que você use um sistema tubeless;
• Pneus: componente de borracha responsável por estabelecer tração com o solo, permitindo que o ciclista guie a bike;

GRUPOS DE CÂMBIO E FREIO

São os sistemas responsáveis pela frenagem e trocas de marcha da bike, e são constituídos pelas seguintes peças:

• Freio: fazem parte do sistema de frenagem e são ligados aos manetes de freio através de cabos;
• Coroas: são as rodas dentadas presentes nas pedivelas e nas catracas/cassetes;
• Catraca/cassete: o conjunto de coroas no eixo da roda traseira;
• Corrente: é o conjunto de elos metálicos que liga as coroas da pedivela à catraca;
• Câmbio Dianteiro: sistema que faz a troca das marchas entre as coroas da pedivela;
• Câmbio Traseiro: sistema que conduz a corrente entre as coroas do cassete/catraca;

PEDIVELAS

São o par de peças instaladas no eixo do movimento central, que fica preso ao quadro da bike. Uma delas abriga as coroas frontais. Elas também estão conectadas aos pedais, onde vão os pés do ciclista para dar apoio ao movimento de torque.

SELIM

Assento sobre o qual vai o ciclista, que está ligado à bike por meio do canote e depende da abraçadeira desse sistema para permitir ajustes de altura.

Regra de ouro para descobrir qual a melhor peça para você: pesquise e teste. E isso vale para todos os componentes e combinações diferentes que você puder testar. Faça test drives nas bicicletarias, peça emprestado aos amigos ou dê seu jeito. O importante é ter certeza que aquela é a peça ideal para você e seus objetivos.

Agora que você conhece todas esses nomes, vale ressaltar que esse assunto da compra da primeira bike é muito extenso e não seria totalmente esgotado nem se essa série tivesse dez, ao invés de três posts. Por isso, se você está gostando ou tem alguma dúvida, deixe nos comentários sua sugestão para temas futuros.

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Confira nosso último post “Escolhendo minha bike: qual tipo comprar?”.