As duas principais fabricantes de grupos de componentes de câmbio para bicicletas atualmente são Shimano e SRAM. Os grupos da SRAM são conhecidos por sua qualidade, que atende às necessidades tanto dos praticantes amadores quanto dos esportistas profissionais de MTB. A pergunta é qual grupo você deve escolher, já que a marca oferece diferentes opções.
Para ajudar na decisão, preparamos uma apresentação de quatro grupos de componentes MTB SRAM Eagle: XX1, X01, GX e NX. Em cada grupo, vamos falar dos principais componentes: câmbio, alavanca de câmbio, pedivela, cassete e corrente.
MTB SRAM Eagle GX
O grupo GX foi lançado em 2015. Ele originalmente oferecia quatro linhas: transmissão 1×11, 2×11, 2×10 e a linha para Downhill 1×7. Recentemente, foi lançada uma linha 1×12. Nesse post, vamos focar na linha com transmissão 1×11.
O câmbio traseiro GX tem compatibilidade com cassetes de até 42 dentes no cog maior e apresenta rolamentos selados. Ele conta com tecnologias Cage Lock (para travá-lo na manutenção), Roller Bearing Clutch (para aumentar a estabilidade em terrenos acidentados), X-Actuation, X-Horizon e X-Sync (tecnologias adotadas nas linhas de uma coroa).
A alavanca de câmbio GX tem tecnologias X-Actuation e MatchMaker X. O grip shift (alavanca de câmbio que fica no guidão) tem tecnologias Jaws, Rolling Thunder, Speed Metal e X-Actuation.
Em relação ao pedivela, o grupo GX oferece duas variações, uma convencional e outra superior. A variação convencional adapta-se a coroas de 30 a 38 dentes, com comprimento de 155 a 175mm. Traz tecnologia Pressfit 30, que facilita a instalação.
De maneira parecida, o grupo GX também conta com duas variações de cassete, sendo que a diferença entre eles está no material e no peso da coroa maior, de 42 dentes. Os dois cassetes têm 11 coroas, na relação 10-42.
Para terminar, a corrente do grupo GX apresenta tecnologia Powerlock, que facilita a manutenção e o reparo, e PowerChain II, que garante mais flexibilidade para a mudança de marcha. Ela tem 114 links e tratamento final em cromo.
MTB SRAM Eagle NX
Lançado em 2016, o grupo NX apresenta características similares às do GX, mas com diferenças nos materiais e algumas limitações. O resultado é um custo mais acessível. Outro ponto interessante é que esse grupo oferece apenas uma linha de transmissão 1×11.
O câmbio traseiro NX, assim como o GX, tem compatibilidade com cassetes de até 42 dentes no cog maior; no entanto, seus rolamentos internos são de aço inoxidável. Outra diferença é no peso, cerca de 80g maior. As tecnologias são as mesmas do câmbio traseiro do grupo GX.
A alavanca de câmbio tem somente tecnologia X-Actuation. O grip shift tem as mesmas tecnologias do grupo GX, sendo muito similar.
O grupo NX oferece apenas uma variação de pedivela, que adapta-se às mesmas coroas que o pedivela convencional do grupo GX. A diferença está no material menos durável e mais pesado (cerca de 60g a mais), além de não ter Pressfit 30.
O cassete do grupo NX tem um cog menor de 11 dentes, e não 10, como no grupo GX. Além disso, seu peso chega a ser 200g maior, comparado ao cassete mais leve do grupo GX.
Fechando o comparativo do grupo NX, a corrente tem tecnologias Powerlock e X-Sync, conta com 114 links e tratamento final em cromo.
MTB SRAM Eagle XX1
Lançado em 2016, com a proposta de um desempenho silencioso, intuitivo e preciso, o grupo XX1 é voltado para o cross-country. Seu grande diferencial é atingir variação de 500% da marcha mais leve à mais pesada.
O câmbio traseiro do XX1 apresenta tecnologia X-Horizon, que evita trocas de marcha involuntárias até em terrenos muito acidentados. Ele também traz polia inferior de 14 dentes, para suportar o tamanho do cassete, e embreagem com rolamentos, que garante silêncio e suavidade nas trocas, sem afetar a consistência.
O pedivela do grupo XX1 promete ser a mais leve, rígida e forte do mercado, graças a uma construção oca de carbono chamada de Carbon Tuned e montagem no padrão direct-mount. Além disso, conta com tecnologias PressFit 30 e PressFit GXP. Ela adapta-se a coroas de 30 a 38 dentes. As coroas, aliás, apresentam tecnologia X-Sync 2, para reduzir o arraste.
A alavanca de câmbio e o grip shift são anunciados como mais suaves, precisos e duráveis.
O cassete apresenta tecnologia X-Dome, com 12 coroas na relação 10-50. O espaçamento entre os pinhões fica melhor, reduzindo o gap de rotação entre marchas.
Na corrente, as bordas e chanfros foram eliminados dos links e foi utilizada uma variação de cromo, chamada de Hard Chrome, com cobertura de nitrato de titânio.
MTB SRAM Eagle X01
Também lançado em 2016, o grupo X01 é voltado para enduro e para as trilhas de alta dificuldade. Seu principal ponto de venda é a durabilidade e resistência dos componentes.
O câmbio traseiro do grupo X01, assim como o do grupo XX1, apresenta polia de 14 dentes e rolamentos na embreagem. Outra característica é que foram feitos ajustes de posicionamento, a fim de evitar o contato do mecanismo com detritos e poeira.
O pedivela é Carbon Tuned, porém, mais pesada do que o pedivela do grupo XX1. Também é compatível com coroas de 30 a 38 dentes e conta com tecnologias PressFit GXP e PressFit 30.
A alavanca de câmbio e o grip shift prometem um acionamento mais preciso e durabilidade superior.
O cassete tem tecnologia X-Dome e 12 coroas na relação 12-50. A corrente é similar à que vimos no grupo XX1.
Se você quiser comprar um dos grupos de componentes MTB SRAM Eagle, vale a pena seguir a indicação do fabricante. Os grupos GX e NX são grupos de entrada, enquanto o grupo XX1 é voltado para o mountain bike cross-country, e o grupo X01, para enduro. Por outro lado, você pode escolher pelos componentes, combinando aqueles que apresentem as características mais relevantes para você, seja desempenho, durabilidade, leveza ou até mesmo preço.
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