Rapel é uma palavra derivada do francês “rappel”, cujo significado é “chamar” ou “recuperar”. No entanto, para os amantes da aventura, rapel significa praticar uma das atividades físicas mais empolgantes e desafiadoras que existem.

Neste artigo, vamos explicar porque o rapel, além de ser um excelente exercício físico, é uma ótima ferramenta para se desenvolver a disciplina e a autoconfiança.

O que é o Rapel?

O rapel é uma atividade vertical feita por meio de cordas, geralmente praticada em montanhas, cachoeiras ou pontes. Essa é uma prática que desenvolve força, técnica e concentração e que, à primeira vista, pode assustar. Afinal, ficar pendurado por uma corda em qualquer um dos lugares citados é, de fato, impressionante! 

No entanto, desde que feita com a orientação de instrutores e com os equipamentos certos, essa é uma atividade segura e acessível.

O rapel foi inventado em 1879 por um francês chamado Jean Charlet-Stranton e seus companheiros, Prosper Payo e Frederic Folliguet, durante a escalada do Petit Dru, um paredão de rocha, coberto de gelo e neve, na França.

Durante a atividade, ele mantinha uma das pontas da corda em sua mão e outra ponta presa à rocha. Caso escapasse de um lado, ele seria retido do outro.

Para chegar perto de seus companheiros durante as escaladas, Jean puxava fortemente a corda por uma de suas pontas. Esse movimento de recuperação para se movimentar nas paredes montanhosas ficou conhecido como “rapel” (chamar ou recuperar em francês).

No Brasil, este esporte chegou oficialmente há cerca de 20 anos com a profissão de espeleologia (estudo de grutas). Esses exploradores de grutas e cavernas acabaram popularizando a prática por aqui. Porém, somente nos últimos anos é que o rapel começou a ser praticado com a finalidade esportiva.

Quem pode praticar o rapel?

Apesar de ser impressionante, a técnica do rapel é relativamente simples. O esporte pode ser praticado por qualquer pessoa a partir dos 6 anos de idade.

No entanto, antes de praticá-lo, é essencial que se faça um curso. Somente com as orientações de um guia qualificado é possível desenvolver aptidão para uma prática segura. 

O equipamento, por sua vez, deve ser de boa procedência e passar por manutenções periódicas.

Equipamentos para praticar o rapel

Mosquetão

É a peça que faz a ligação entre a cadeirinha e o freio. O mosquetão não pesa mais de 100 gramas, mas é capaz de suportar toneladas de peso.

Ele conta com uma trava de segurança manejável com uma única mão, possibilitando que o rapelista se desprenda da corda em casos de emergência

Freio

É o elo, normalmente em formato de “8”, por onde a corda desliza. Ele trava quando o praticante puxa a corda para perto de si. Para desobstruir o freio e descer em queda livre, basta soltar a corda novamente. 

Capacete

O capacete é um item de segurança essencial e deve ser usado sempre. Tenha em vista que mesmo quando não há o risco de pedras deslizarem da estrutura rochosa, há o risco de se chocar em uma quina.

E, falando sem segurança, também é importante usar luvas para evitar queimaduras nas mãos pelo atrito com a corda

Cadeirinha

É uma espécie de cinto que envolve as pernas e o quadril do rapelista. Feita em sua grande maiora de náilon e poliéster, a cadeirinha serve para prender o corpo do praticante ao resto do equipamento.

Corda

As cordas certificadas pela Federação Internacional de Montanhismo e Escalada suportam cerca de 3 mil quilos. Fique atento(a) a esta especificação na hora de adquirir seu equipamento. 

Desenvolvendo autoconfiança e disciplina através do rapel

A autoconfiança é a crença pessoal de que se pode realizar, com sucesso, uma determinada tarefa. Em outras palavras, estamos falando de uma expectativa, um pensamento subjetivo acerca da execução de uma ação.

Essa virtude pode ser desenvolvida de forma espontânea ou trabalhada. Ou seja, qualquer pessoa pode passar a confiar mais em si — até mesmo as mais inseguras.

A prática esportiva é uma excelente ferramenta para se desenvolver autoconfiança. Isso porque o esporte pode proporcionar o contato com a natureza e o incentivo à superação de medos, melhorando a autoestima.

Na prática de rapel, por exemplo, desafios vão sendo conquistados aos poucos e, a medida em que a evolução acontece, a autoconfiança se consolida juntamente a sua capacidade de ser disciplinado(a). É como se a cada descida você voltasse mais forte: tanto para evoluir no esporte, quanto para encarar a vida de maneira geral.

Para quem ficou interessado pela prática de rapel, lembramos que na Entre Trilhas você encontra os melhores equipamentos.

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E para saber mais sobre esse universo, confira este outro artigo em nosso blog: “Escalada: uma introdução ao universo vertical”.