A tecnologia está presente em todos os aspectos da nossa vida. Então, por que não estaria presente também na prática do ciclismo? Pois é, inovações aparecem a todo momento, da aerodinâmica do capacete à estrutura de fixação do câmbio, passando pelo desenvolvimento da e-Bike.
A e-bike, ou bicicleta elétrica, não apenas está bem avançada como também cada vez mais popular. Você certamente verá alguns modelos nas ruas. Então, que tal entender melhor o que é? Nesse post, vamos explicar porque uma e-Bike está longe de ser o mesmo que uma motocicleta. Além disso, também vamos discutir o que pode estar por vir, isto é, as possíveis novidades desse segmento. Boa leitura!
O que é uma e-bike?
Em termos mais técnicos, uma e-bike é uma bicicleta elétrica assistida por motor. Isso significa que ela é equipada com componentes elétricos, especificamente um motor, projetado com a intenção de trazer aquela força para você ganhar mais gás nos momentos difíceis da pedalada.
O motor faz com que a e-bike seja uma opção mais conveniente de mobilidade urbana. Não será difícil encontrar pessoas aproveitando a potência extra para enfrentar o deslocamento no dia a dia, indo para a escola ou para o trabalho, carregando seus pertences. Por outro lado, esse não é seu único uso.
Como a e-Bike não elimina a experiência de uma bicicleta de verdade, ela também pode ser usada na prática do ciclismo como esporte. Por exemplo, é possível usar e-Bikes no mountain bike, o que alguns chamam de e-MTB.
É claro que isso levanta uma questão importante: é ético ter o apoio de um motor durante a atividade esportiva? O assunto é polêmico; mesmo assim, não dá pra negar que as e-Bikes permitem realizar manobras que seriam muito difíceis, especialmente para o praticante amador, com uma bike “tradicional”.
Além disso, os grandes defensores do uso da e-Bike nos esportes concentram-se na diversão, e não na competição. E, se você está preocupado com a saúde, pode ficar tranquilo. Uma pesquisa da Universidade do Colorado (EUA) com 20 homens e mulheres que não praticavam atividade física demonstrou que, ao pedalar com uma e-Bike por 40 minutos, três vezes por semana, esses indivíduos tiveram uma melhoria no nível de açúcar no sangue e condição cardiovascular. Além desses benefícios, as e-Bikes podem ser uma porta de entrada para quem não tem ainda a iniciativa de apostar nas bikes tradicionais, aproximando mais pessoas da prática de exercícios e, claro, do ciclismo.
Como funciona uma e-Bike?
Se você nunca usou uma e-Bike, vamos explicar em linhas gerais como ela funciona. Basicamente, existem dois tipos de bike elétrica.
O primeiro tipo é conhecido na Europa como “pedalec”. Quando você sobe na bike e começa a pedalar, um motor é automaticamente ativado e dá um impulso adicional. Você controla sua velocidade com o ritmo da pedalada, assim como em uma bicicleta tradicional; quanto mais você pedala, maior será o impulso do motor, até um certo ponto. É importante lembrar, ainda, que esse tipo de e-Bike não vai se mover somente com a força do motor.
O segundo tipo permite acionar o motor a qualquer momento por meio de um botão, mesmo quando você não está pedalando. Embora ainda seja uma bicicleta, esse tipo de e-bike se afasta mais da experiência tradicional.
e-Bikes são populares?
Já que as e-Bikes podem ser novidade para você, talvez você esteja se perguntando se elas são mesmo populares. Sim, elas conquistaram o gosto do público.
Uma boa demonstração desse fato é que as vendas de e-Bikes nos EUA aumentaram 70% em 2016. Na Alemanha, um dos países em que as pessoas mais utilizam e-bikes, estimativas apontam que foram vendidas 680 mil unidades em 2017. Não existem números sobre as vendas de e-Bike no Brasil. Porém, temos um forte indício de que essa é uma tendência por aqui: em 2013, foi promulgada uma lei especificamente sobre as bikes elétricas.
O fato de haver uma lei sobre qualquer assunto prova que ele tem relevância para a população. No caso, trata-se da Resolução 465 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que estabelece normas para o uso da e-Bike. O aspecto mais positivo dessa Resolução foi ter determinado que esse tipo de bike, embora equipada com um motor, não precisa de emplacamento; e que não é preciso carteira de motorista para usá-la. Em outras palavras, ela eliminou qualquer burocracia em relação à e-Bike, fazendo com que seja uma opção ainda mais atrativa para o uso como meio de transporte.
Talvez um dos fatores que ainda restringe a popularidade das e-Bikes seja o preço. Porém, não custa lembrar que, segundo o uso que você dá a ela, a e-Bike pode trazer uma importante economia em longo prazo. Isso acontece principalmente quando é possível aproveitá-la para substituir o carro, moto ou transporte público. Além disso, assim como no caso das bikes tradicionais, você deve considerar o custo-benefício na hora de escolher o modelo ideal para comprar.
O que está por vir?
Se quisermos falar do futuro das e-Bikes, a previsão mais acertada é que cada vez mais marcas e modelos devem estar disponíveis no mercado. Além de empresas especializadas nesse tipo de bike, como a Lev, as fabricantes de bikes tradicionais também entram na jogada.
É o caso da Caloi que, no final de 2017, lançou a E-Vibe City Tour, um modelo produzido em parceria com a Shimano. Como você pode ver, são nomes de responsa que estão trazendo para os consumidores e-Bikes de qualidade tão boa quanto a encontrada nas bikes não-motorizadas.
Também podemos dizer que as baterias vão ficar cada vez mais eficientes. Atualmente, a autonomia fica entre 30 e 60km. Porém, já existem promessas de e-Bikes com autonomia de 100km. É claro que, conforme esse número aumenta, as e-Bikes tornam-se alternativas ainda mais convenientes para quem busca um meio de transporte.
E então, está convencido do potencial da e-Bike e suas vantagens? Que tal saber mais sobre ela e, também, sobre as bikes tradicionais? Acompanhe o blog Entre Trilhas e fique por dentro de todas as novidades do mundo do ciclismo!