Seguro para bike: vale a pena?

Infelizmente, casos envolvendo roubos de bicicleta têm aumentado no Brasil, principalmente nos grandes centros urbanos, o que leva muita gente a se perguntar se vale a pena fazer um seguro para bike.

Felizmente, muitas seguradoras estão atentas ao cenário e vêm lançando opções diferenciadas e cada vez mais atrativas para quem quer pedalar, sem ficar atormentado pelo medo de perder a bicicleta.

Tipos de cobertura de seguro para bike

As possibilidades de seguro são bastante democráticas: existem opções para bikes que custam a partir de R$ 1.200 (com nota fiscal), anuidade de R$ 185 e franquia de R$ 800. De modo geral, o seguro é proporcional ao valor da bicicleta, mas cada seguradora oferece uma taxa.

Uma bike de R$ 10.000, por exemplo, pode ter taxa de 8% em uma seguradora e de 12% em outra. Para o ciclista mais ocasional, existe também a opção de incluir a magrela em seguros residenciais, que cobrem apenas furtos ou assaltos em casa.

De modo geral, há três tipos de cobertura:

Roubos e furtos

Como o título diz, esta cobertura se aplica para quando há perda da bike por consequência de roubo ou furto.

Danos acidentais

Cobre os custos de reparo ou reposição de peças da bike em caso de acidente ou avaria durante o transporte, assim como em caso de acidente enquanto se pedala.

Responsabilidade civil

Ocorre quando a apólice do seguro cobre danos de terceiros, como despesas médicas de uma pessoa envolvida no acidente com o ciclista segurado.

Escolhendo a melhor cobertura de seguro para bike

Homem lendo uma apólice de seguro sobre a mesa
Apólices são extensas e detalhadas e precisam ser lidas com atenção.

Ainda que o seguro sirva para você pedalar tranquilo, ter a bike segurada não significa que comportamentos de risco estão liberados (claro!).

Cada apólice possui suas particularidades. Portanto, o ideal é procurar uma adequada ao seu perfil como ciclista, levando sempre em conta como a bicicleta é usada (se em provas, cicloviagens, ou no dia a dia), seu valor e depreciação, além do uso de acessórios mais caros, como Garmin ou potenciômetro.

Na prática, todo seguro cobre contra roubos e furtos. Porém, para não cair em roubada, vale gastar uns minutos para entender o “juridiquês” envolvido.

Além disso, as apólices são extensas e detalhadas, e nem sempre com linguagem acessível. Por isso, invista tempo conversando com a seguradora ou com o corretor para tirar dúvidas sobre comportamentos ou situações que possam te impedir de acionar o seguro.

 Assalto, furto simples e furto qualificado

pessoas pedalando em ciclovia em São Paulo
O número de ciclistas tem aumentado nos grandes centros urbanos brasileiros, assim como o número de furtos e roubos de bikes. Foto: Arquivo/ Agência Brasil

Falando sobre as peculiaridades das coberturas, é importante entender a diferença entre assalto, furto simples e furto qualificado, pois são situações que interferem no valor da apólice e até mesmo na validade do seguro.

Isso porque a maioria dos seguros não cobre casos de furto simples, termo usado para classificar uma situação em que o furto foi “facilitado” por negligência do ciclista. Exemplo:

Se você para em uma lanchonete para tomar um suco, deixa a bicicleta solta, mesmo que por alguns segundos, e o ladrão aproveitou a situação para levá-la, no entendimento das seguradoras, trata-se de um caso de furto simples, que não será coberto.

E furto qualificado? Se arrombam sua casa e levam a bike, o próprio arrombamento é uma prova de que você se precaveu para evitar o roubo, mas mesmo assim ele ocorreu.

Ou seja, a falta ou não de provas de que a pessoa tentou proteger o bem é o que vai determinar se o furto foi simples ou qualificado.

No caso de a bicicleta ser tomada durante um pedal por ameaça ou meios violentos – roubo ou assalto –, geralmente o boletim de ocorrência registrado na delegacia mais próxima é suficiente para o ressarcimento previsto na apólice.

É indispensável que o boletim de ocorrência seja feito contendo o contexto do roubo e descrição do assaltante, por exemplo.

Há diversos casos em que a bike é levada de dentro do estacionamento do prédio ou condomínio por terceiros, porém estava sem nenhum tipo de tranca – nesses casos, a perda não é reembolsada.

Pontos importantes na hora de escolher o melhor seguro para bike

  • Facilidades que o seguro oferece;
  • Serviços com a menor burocracia;
  • Diferenciais em relação a sua necessidade;
  • Atendimento de qualidade.

Por fim, veja as suas necessidades como ciclista, liste tudo, e procure um corretor de seguros de sua confiança, com expertise no assunto, para tirar todas as suas dúvidas.